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O poder transformador do 'Blue Mind'

O poder transformador do 'Blue Mind'

Estar perto da água é mais do que uma conexão, é um elixir para a mente e o coração | Por Gabriela Muller Em um mundo frenético e muitas vezes avassalador, a busca por momentos de calma e conexão com a natureza assume uma importância vital em nossas rotinas. Neste contexto, emerge a teoria do Blue Mind, um conceito desenvolvido pelo cientista marinho Wallace J. Nichols, que sugere que estar perto da água, seja o oceano, lagos ou rios, pode melhorar significativamente a saúde mental, reduzir o estresse e promover uma sensação de calma e felicidade. Este conceito foi popularizado ao longo dos anos através de estudos científicos publicados que comprovam sua veracidade. Por exemplo, o "Journal of Environmental Psychology" examina como o ambiente afeta o comportamento humano, evidenciando a ligação entre a proximidade com corpos d'água e o bem-estar emocional. Da mesma forma, pesquisas da Universidade de Exeter contribuíram para a compreensão dos benefícios psicológicos ligados à presença da água. Além disso, estudos sobre a relação entre atividades aquáticas, como natação e surfe, e os benefícios para a saúde mental, publicados em revistas científicas especializadas em saúde e psicologia, corroboram a ligação direta entre a presença da água e o nosso bem-estar emocional. A água, com sua serenidade e vastidão, possui o poder de acalmar nossas mentes tumultuadas e revitalizar nossas almas. Contemplar as ondas quebrando na praia ou sentir a brisa suave em um lago tranquilo pode nos conectar profundamente com o momento presente, proporcionando uma sensação de paz interior incomparável. A Allcatrazes se identifica muito com este tema, pois busca promover uma conexão profunda com a natureza, convidando vocês a abraçarem um estilo de vida do lado de fora, desfrutando das maravilhas naturais que o mundo oferece. Sempre prezamos por esta qualidade de vida e tentamos diariamente, através de nossos produtos, servir como um catalisador para inspirar vocês a se reconectarem com a natureza e a priorizarem momentos de tranquilidade e serenidade em suas vidas agitadas. Neste turbilhão da vida moderna, é fácil se perder na agitação incessante e esquecer a beleza que a natureza oferece. No entanto, ao abraçarmos o conceito do Blue Mind, somos convidados a reconectar-nos com a essência primordial que habita em todos nós. É uma jornada de redescoberta, uma oportunidade de reconectar com nossa própria humanidade e com o mundo ao nosso redor de uma maneira mais profunda e significativa. Permita-se incluir pequenos rituais de conexão com a água em sua vida diária e descubra a transformação que o Blue Mind pode trazer. Exemplos de práticas diárias para incorporar o Blue Mind: Meditação à beira de um lago ou rio, focando no som suave da água e na respiração tranquila. Caminhadas ao longo da costa, permitindo-se absorver a beleza e a serenidade do oceano. Banhos relaxantes em casa, utilizando essências que remetam à água para criar um ambiente calmante. Criação de um espaço de relaxamento em casa com elementos aquáticos, como fotos de paisagens marítimas ou fontes de água. Prática de ioga à beira de um rio ou em uma praia tranquila, incorporando movimentos fluidos e respiração consciente. Um passeio de bike na orla, perto de mares, lagos e rios.

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O poder transformador do 'Blue Mind'
Estar perto da água é mais do que uma conexão, é um elixir para a mente e o coração | Por Gabriela Muller Em um mundo frenético e muitas vezes avassalador, a busca por momentos de calma e conexão com a natureza assume uma importância vital em nossas rotinas. Neste contexto, emerge a teoria do Blue Mind, um conceito desenvolvido pelo cientista marinho Wallace J. Nichols, que sugere que estar perto da água, seja o oceano, lagos ou rios, pode melhorar significativamente a saúde mental, reduzir o estresse e promover uma sensação de calma e felicidade. Este conceito foi popularizado ao longo dos anos através de estudos científicos publicados que comprovam sua veracidade. Por exemplo, o "Journal of Environmental Psychology" examina como o ambiente afeta o comportamento humano, evidenciando a ligação entre a proximidade com corpos d'água e o bem-estar emocional. Da mesma forma, pesquisas da Universidade de Exeter contribuíram para a compreensão dos benefícios psicológicos ligados à presença da água. Além disso, estudos sobre a relação entre atividades aquáticas, como natação e surfe, e os benefícios para a saúde mental, publicados em revistas científicas especializadas em saúde e psicologia, corroboram a ligação direta entre a presença da água e o nosso bem-estar emocional. A água, com sua serenidade e vastidão, possui o poder de acalmar nossas mentes tumultuadas e revitalizar nossas almas. Contemplar as ondas quebrando na praia ou sentir a brisa suave em um lago tranquilo pode nos conectar profundamente com o momento presente, proporcionando uma sensação de paz interior incomparável. A Allcatrazes se identifica muito com este tema, pois busca promover uma conexão profunda com a natureza, convidando vocês a abraçarem um estilo de vida do lado de fora, desfrutando das maravilhas naturais que o mundo oferece. Sempre prezamos por esta qualidade de vida e tentamos diariamente, através de nossos produtos, servir como um catalisador para inspirar vocês a se reconectarem com a natureza e a priorizarem momentos de tranquilidade e serenidade em suas vidas agitadas. Neste turbilhão da vida moderna, é fácil se perder na agitação incessante e esquecer a beleza que a natureza oferece. No entanto, ao abraçarmos o conceito do Blue Mind, somos convidados a reconectar-nos com a essência primordial que habita em todos nós. É uma jornada de redescoberta, uma oportunidade de reconectar com nossa própria humanidade e com o mundo ao nosso redor de uma maneira mais profunda e significativa. Permita-se incluir pequenos rituais de conexão com a água em sua vida diária e descubra a transformação que o Blue Mind pode trazer. Exemplos de práticas diárias para incorporar o Blue Mind: Meditação à beira de um lago ou rio, focando no som suave da água e na respiração tranquila. Caminhadas ao longo da costa, permitindo-se absorver a beleza e a serenidade do oceano. Banhos relaxantes em casa, utilizando essências que remetam à água para criar um ambiente calmante. Criação de um espaço de relaxamento em casa com elementos aquáticos, como fotos de paisagens marítimas ou fontes de água. Prática de ioga à beira de um rio ou em uma praia tranquila, incorporando movimentos fluidos e respiração consciente. Um passeio de bike na orla, perto de mares, lagos e rios.
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Uma viagem para comer, caminhar e se encantar
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Uma viagem para comer, caminhar e se encantar
Por Luiza Baumg | 10 min de leitura Uma viagem para comer, caminhar e se encantar (perdão a breguice do começo, mas impossível evitar o trocadilho, quando a primeira frase começou com: uma viagem…). Mas de fato, esta é uma viagem de muitos prazeres, descobertas e encontros, seja com a natureza exuberante, com as comidas maravilhosas, ou com nossos “limites”. Digo isso porque a natureza encanta, mas também “maltrata” quando estamos expostas(os) a tantos intempéries e auto exigências de performance. Já aproveito para dar a primeira dica: protetor solar e hidratante para corpo e rosto. Para a boca, vaselina ou aquelas pomadas mais gordurosas (sem propagandas por aqui né), são essenciais. O sol é forte, a neve reflete - e queima tanto quanto o sol - e o vento… bom, este não para nunca e agride um tanto. Calma, não se assusta, é um lugar extremo que demanda cuidados, mas não é nada de outro mundo, tá?! Os paraísos também tem suas questões. Voltando ao contexto, eu amo viajar, mas esta viagem nunca esteve no meu top 5, embora devesse. Agora que fui, só quero voltar e conhecer os lugares e trilhas que “ficaram para a próxima". O que me levou até lá? Meu pai. A Patagônia não permeava os meus sonhos, mas os dele, que em dezembro completava 70 anos. Para celebrar, decidimos nos jogar nesta aventura: ele, minha irmã, eu e é claro, a Allcatrazes, nossa fiel escudeira. É importante dizer que somos pessoas de um turismo, menos turístico, gostamos de vivenciar a cultura local e realizar passeios menos engessados, onde nós escolhemos o tempo que dedicamos para cada coisa, então nossas decisões e períodos em cada lugar tem muita conexão com isso. Agora vamos ao que você veio buscar aqui: o roteiro e as informações que temos para quem quer viver esta experiência apaixonante, mas está com dificuldade de achar informações. Primeira coisa, qual a melhor época? Indico ir no verão, entre setembro e maio. Nós fomos no começo de dezembro e foi ótimo!  Porém, isso é muito relativo e depende do que você está buscando, no inverno (de maio a agosto) a neve toma conta da região, o que acaba inviabilizando muitas das atividades. Já no verão, fica nos cumes, fazendo com que todos os passeios estejam disponíveis, mas o contato com a neve não seja tão direto. Nós tivemos sorte e mesmo no verão, conseguimos desfrutar muito dela. Nosso roteiro - visão geral: Saímos de lugares diferentes e nos encontramos em Buenos Aires. De lá, voamos juntos para o aeroporto internacional de El Calafate. Do aeroporto de El Calafate ao centro da cidade são 24,1km (entre 28min e 40min dependendo do transporte utilizado). Nossa escolha foi o táxi, queríamos mais conforto pro nosso pai e já tínhamos uma taxista nos esperando no estacionamento. Preço: AR$12.000. De El Calafate partimos de ônibus para El Chaltén: 211,2km (aproximadamente 3hrs de viagem), por AR$30.000,00 p/ pessoa. A compra foi realizada na rodoviária direto no guichê da companhia, nós escolhemos a viação Chaltén Travel. *Não alugamos carro porque a cidade é muito pequena e as trilhas saem de dentro dela ou de locais facilmente acessíveis de táxi. Alugar carro seria mais caro e desnecessário.  Por mais AR$30.000,00 por pessoa, voltamos de ônibus direto de El Chaltén para o Aeroporto Internacional de El Calafate, onde pegamos nosso voo com destino ao Ushuaia. O Ushuaia foi um lugar que nos surpreendeu positivamente. Uma cidade bem grande, diferente das anteriores, onde também teríamos ficado mais, para ter mais contato com a cultura local, velejar e desbravar arredores menos turísticos da cidade. Nos despedimos da Patagônia em um voo direto do Ushuaia para Buenos Aires. É bem comum os voos por lá atrasarem, o nosso atrasou 3h. Então, se der, evite conexões apertadas e não viaje com o tempo contado.  Dicas gerais: Beba água O clima por lá é muito específico, com uma variação grande de temperatura. As trilhas são longas, tem muito vento e exigem bastante do corpo. Se manter hidratado e com a garganta úmida é essencial para evitar resfriados e incômodos. Tenha uma mochila/mala com roupas de verão e inverno Peças funcionais, que possam ser sobrepostas. Pelas fotos podem ver que é quente e frio, ensolarado e nublado, seco e chuvoso, tudo ao mesmo tempo. Lá se vive muitos climas em um dia só e nos passeios de barco ainda há a calefação interna contrapondo com o frio externo. Esteja preparado. Golas e mantas são muito úteis Além de aquecer o pescoço e bloquear a entrada de vento, elas ajudam a proteger as vias aéreas do vento frio. Leve petiscos e lanches para as trilhas Todos os dias passávamos na padaria e na fiambreria para comprar os insumos e lanches do dia seguinte. Sempre tínhamos castanhas e frutos secos para comer em deslocamento e sanduíches, biscoitos e “facturas” para os piqueniques do caminho. As trilhas são longas e exigem baste do corpo, se manter alimentado faz toda a diferença. Wikiloc Um aplicativo de trilhas no mundo todo que não desconecta pela falta de internet. Ele é um GPS com localização por satélite, então é possível baixar as rotas no wi-fi ou 3G e se guiar por ela mesmo depois de o sinal acabar. Agora sim, vamos os detalhes de cada lugar:  El Calafate é uma cidade nascida a partir do turismo, o centro é pequeno, com muitos restaurantes, bares, pubs, lojas de chocolate, souvenirs, alguns mercados e muitas agências de turismo. Ficamos lá 4 dias e foi suficiente. Em um turno foi possível conhecer toda a cidade, inclusive a parte alta e nova (onde está a rodoviária) que oferece uma vista superior do centro. A maioria dos passeios, de embarcação à caminhada nas passarelas e praias, é dentro do Parque Nacional Los Glaciares, extenso e com diferentes entradas. A boa noticia é que o ingresso é diário, o primeiro dia com valor integral (AR$ 12.000,00) e o segundo de valor parcial (AR$ 6.000,00)  sendo o segundo acesso realizado até 48h após o primeiro. *Preços em dez. de 2023. Fizemos todos os deslocamentos para os passeios com a mesma taxista que nos pegou no aeroporto, ela era um amor. Fazendo assim, conseguimos um “pacote” mais em conta que os transfers das agências e com mais liberdade. Passeios: Safari Azul (https://hieloyaventura.com/pt) A Hielo y Aventura é única companhia que tem autorização para realizar os passeios no parque Perito Moreno, então a dica é: compre diretamente com eles. Assim, você economiza pagando apenas o passeio, sem a porcentagem da venda intermediária. O Safari azul é um passeio de meio turno, sem limite de idade, que contempla navegação pela costa sul do Glaciar Perito Moreno e caminhada pela sua margem. Queríamos muito fazer algum dos Minitrekkings oferecidos por eles, com caminha por cima do Glaciar, mas este é um passeio com limite de idade de 65 anos e como contei, meu pai estava fazendo 70. O passeio foi incrível. Ver tudo tão de perto e de alguma maneira integrar aquela paisagem é indescritível. Voltamos a ser criança, comemos gelo, posamos para fotos segurando blocos, nos emocionamos e brindamos com licor de calafate (fruto local que deu nome a cidade) e whisky, tudo com gelo do próprio glaciar. Crucero Glaciares Gourmet (https://www.crucerosmarpatag.com/pt/) Passeio de dia inteiro com navegação pelo Lago Argentino, costa norte do Glaciar Perito Moreno, Baia Escuadra, canal Upsala e de los Tempanos, com vista dos glaciares Seco, Heim, Spegazzini, Upsala e Bertacchi, além de uma visita e breve caminhada pelo Puesto de las Vacas. Lindo, lindo, lindo. O passeio tem opção de alimentação inclusa ou não, nós preferimos levar nossa própria comida e garrafas de vinho. O que foi um grande acerto, o lanche do pacote com alimentação me pareceu bem fraco. Passarelas Parque Nacional Los Glaciares No mesmo dia do Safari Azul (passeio de meio turno), decidimos aproveitar e desbravar as passarelas do parque. O passeio de barco finaliza em um dos acessos à elas, então marcamos com a nossa taxista que nos buscasse no mirador/praia Cañal de los Tempanos 3h30min após a finalização do passeio de barco.  *O sinal de telefone por lá é muito ruim, por isso é importante marcar bem certinho lugares e horários de encontro. Eu simplesmente amei as passarelas, difícil escolher um “passeio” preferido, mas para quem quer economizar, elas são uma ótima pedida! A passarela que leva até a praia - nosso ponto de encontro - é a amarela. Para nós, o caminho mais bonito! As paisagens são encantadoras, vão de um lado a outro do Perito Moreno e tem sinalização é muito bem feita, com mapas por todo caminho e muitos estrondos e pausas na tentativa de visualizar os glaciares despencando, um fenômeno impressionante e viciante. Restaurantes: Isabel Comida de Disco Nossa paixão nesta viagem, ainda lembro do sabor de cada prato. Preço justo e comida surreal. Em El Calafate demos preferência às carnes e legumes. Dica: Os discos de Cordeiro e Guanaco são deliciosos. Um deles com empanadas de entrada, por exemplo, serviu muito bem nós três, que somos muito bons de garfo. Parrilla Mi Viejo Um restaurante mais carinho, mas com uma experiência incrível e a carne simplesmente deliciosa! Por ser um restaurante bem desejado, é necessário fazer reserva. PUB Patagônia cerveja Um choppinho pós passeios tem seu valor e a casa oferece uma variedade gigante e deliciosa deles. Padaria Don Luís Sim, eu sou uma apaixonada por padarias e essa era uma delícia e em conta. Tudo que comemos de lá foi bom, as “facturas” principalmente. Lá também era um bom lugar de trocar dinheiro. Puerto de Frutos Chocolataria onde comprávamos chocolate (óbvio) e trocávamos dinheiro todo final de dia, melhor câmbio que achamos por lá.  Ficamos 6 dias lá e ficaríamos muito mais, sei nem explicar a beleza. A cidade é um amor, entre cadeias de montanhas nevadas. Apaixonante, muito turística, mas com população local acolhedora e passeios, em sua maioria, autoguiados e sem custo. Mas se você quiser, pode contratar passeios guiados e com estrutura. El Chalten agrada todos os gostos! A central de informações fica na rodoviária (por onde chegamos). Lá eles dão dicas e o mapa impresso da cidade e das rotas com descrição do nível de dificuldade (acredite, onde diz que é difícil, é difícil mesmo). Sinal de telefone e 4G só na cidade. Por isso nossa dica é: utilizem aplicativos que não dependam de internet para auxiliar e, se possível, tenham algum sistema de rádio para pedir auxílio, caso seja necessário.  Trilhas: Laguna de Los Tres (Dificuldade alta) Optamos por um trajeto que começava fora da cidade e finalizava no centro. Por isso, pegamos um taxi da nossa casa até Rio Electrico (AR$40.000,00), de lá seguimos caminhando pela margem do Rio Branco, passando pelo Mirante Piedras Blancas e seguindo até a Laguna de los Tres. Durante todo o caminho abastecemos as garrafas e tomamos água do degelo diretamente da fonte. Realmente esta água é diferenciada. Uma trilha 90% de boas, mas aqueles 10% finais, hardcore. Tivemos que controlar nossa ansiedade e medo. A parte de final da trilha é muito complexa, pedras soltas, caminho muito íngreme e irregular (vimos algumas pessoas se machucando). Caminhamos junto e passamos pelas mais variadas pessoas, idades e condições físicas, com as mais diversas motivações para estar lá, cada uma enfrentando a si mesmo, embaladas por uma natureza exuberante que preenche, impacta, conecta e motiva. Lindo é pouco, difícil descrever a beleza e os sentimentos deste caminho. Na chegada ao cume, emoção, nosso pai aos 70 chegou lá - driblou as dificuldades e distância, e ainda tocou na neve pela primeira vez. Uma imensidão desfrutada a cada segundo, com boas pausas de contemplação. Na volta fizemos o trajeto da Laguna Capri que nos levou direto ao centro da cidade. Um dia de muitas belezas e caminhada que totalizou 11h (ida e volta) de percurso. Acabamos exaustos, mas extremamente felizes.  Cañadon del Rio de las Vueltas, Mirador de Los Cóndores y de Las Águilas (Dificuldade baixa) Neste dia alugamos bicicletas (AR$ 10.000,00 por bicicleta), já que os destinos eram “desvios" na estrada. E que sábia decisão. Principalmente na ida, com vento à favor. Um dia incrível, sensação de liberdade máxima, paisagens empolgantes, muita força nas coxas e inúmeras pausas para fotos e observação. Esse foi o dia que o véio se vingou e consagrou. Acostumado a pedalar seus 70km por esporte, nos humilhou, principalmente no contravento. Fomos primeiro ao destino mais distante o Cañadon del Rio de las Vueltas (6,3km do Centro), este acesso não é sinalizado, então é importante ficar atento à quilometragem. A entrada é um deslocamento de cerca, para evitar a passagem de bichos, a esquerda de quem pedala de El Chaltén sentido El Calafate. Especial demais e pouquíssimo conhecido. Na volta fizemos as trilhas dos Miradores de Los Condores e de Las Águilas, à direita de quem está chegando a El Chaltén, bem na entrada da cidade, antes da ponte, em uma das primeiras construções aparentes. Não tem erro. As rotas são sinalizadas e contam a história e simbologia das aves e do lugar. É muito legal, fácil e com vistas encantadoras! Torre - Mirador del Torre, Laguna Torre y Mirador Maestri (Dificuldade media e alta) A trilha sai direto do centro da cidade, mas neste dia nosso pai não foi, pois estava doente. Uma trilha que nos fez sentir muito o poder da natureza, encontramos rios e quedas d’água pelo caminho que não pareciam reais de tão lindas, vimos a água mudar de cor pela ação do vento que misturava o sedimento rochoso à ela e sentimos a força do vento com rajadas que nos empurravam e demandavam muita força para caminhar e nos manter na trilha. A margem da laguna é cheia de “ninhos”, barreiras de galhos para proteger do vento, só assim para conseguirmos desfrutar da paisagem, descansar e fazer um lanchinho. Depois do descanso seguimos para o Mirador Maestri, parte mais complexa do caminho, mas que vale cada pedrinha solta e luta com o vento, que imensidão, que força e, para variar, que lindeza!  Restaurantes: Rancho Grande Muito gostoso e honesto. As comidas muito saborosas e bem servidas com um preço excelente. Essa é uma viagem que se gasta bastante, então quando descobrimos este lugar, não largamos mais. Obs: ele é 24h. Oveja Negra Restaurante de Parrilla, uma delícia e muito bem servido. Os riñones com molho ganharam meu coração. Maffia Restaurante de massas surreal de bom, não é barato, mas vale cada centavo. A dica: Ravioli de cordeiro. Importante fazer reserva, ele está sempre lotado.  Chegamos ao destino final, banhado em águas azuis. A Terra de Fogo. Ou, o Fim do Mundo. A cidade é grande, muitas pessoas, lojas, restaurantes, museus e etc. Nós não somos muito das compras, então nos dedicamos aos passeios e à descoberta da cidade. E que cidade linda. Uma ilha, cercada de canais, barcos e cadeias de montanhas. No porto está o centro de informação turísticas e as agências de passeio. Indico ir até o centro de informações, porque eles tem indicação para todos os tipos de turismo e objetivos de passeio, além de deixarem os carimbos da aduana local à disposição para estamparmos passaporte, tiquet de viagem e etc. Passeios: Museu Marítimo do Ushuaia e Presídio Militar (https://museomaritimo.com/) Um passeio muito interessantes para se aprofundar na história e entender mais sobre a importância da região. São quatro museus e uma galeria de arte local inseridos na construção mais emblemática do Ushuaia: La Cárcel Del Fin Del Mundo. Os museus são preparados para visitas autoguiadas, com QR codes onde podemos ouvir a história em português, espanhol e inglês. Eles também disponibilizam visitas guiadas, inclusas no preço da entrada, que acontecem 2 vezes ao dia (um horário pela manhã e outro a tarde). Excursão Marítima Canal Beagle | Pinguinera Navegar pelo Beagle era uma sonho meu, não foi de veleiro, mas assim agradamos aos 3. Optamos por fazer apenas um passeio de barco, e foi por isso que escolhemos a rota da Pinguinera, ela passava por todos os pontos que queríamos conhecer. Nós não quisemos descer na ilha, por isso optamos pelo passeio da Tolkeyen Patagonia Turismo e eles foram os que melhor atenderam nossa demanda. Duração do passeio: 5hRota: navegação pelo Canal Beagle, saindo e chegando do Porto da cidade, com passagem pelas Ilhas Bridges, dos Lobos, dos Pássaros, Farol Les Éclaireurs e Pinguinera. *Preço em dez. de 2023: AR$ 28.000,00 por pessoa.  Parque Nacional Tierra Del Fuego (https://turismoushuaia.com/zonas/parque-nacional/?lang=pt_BR) Preço do ingresso por pessoa: AR$ 12.000,00 (dez. 23)Segundo dia consecutivo fica metade do preço. Que lugar incrível! É possível fazer ele todo de carro, mas sinceramente, as caminhadas e trilhas fazem tudo mais especial. De carro vamos pelas estradas e perdemos toda a maravilha da costa. Muitas cores, texturas, silêncio e reflexão. Nós não imaginávamos que seria tão incrível, então acabamos dedicando pouco tempo. Eu acredito que para desfrutá-lo como ele merece, o ideal é dedicar uns dois dias. Parada indispensável: o Correo Del fim Del Mundo. O correio mais remoto do mundo, impossível não sentar e escrever postais para nós mesmos e para as pessoas que amamos. Tão emocionante quanto escrever, foi recebê-los em nossas casas 3 meses depois. Não indico: Tren del fin del Mundo (Achei fraco… mas né, isso para o meu tipo de turismo). Dica importante: Marque certinho o lugar e horário onde o taxi ou qualquer outro transporte vai te buscar, o parque não tem sinal de telefone ou internet, nem wi-fi nas cafeterias, que por sua vez, fecham às 17h. Passamos por momentos complicados neste quesito, mas deu tudo certo.  Laguna Esmeralda e Laguna Turquesa Indispensáveis. Elas ficam nos arredores da cidade e as trilhas iniciam na estrada, uma em seguida da outra. Combinamos com o nosso taxista que ele nos levaria até a entrada da trilha mais distante (Laguna Esmeralda) e que depois de fazê-la iriamos caminhando até a Laguna Turquesa. Nós acabamos fazendo apenas a trilha para a Laguna Esmeralda, pois a da Turquesa era muito íngreme e como tinha chovido muito nos dias anteriores ela estava escorregadia e perigosa demais para o nosso pai. A Laguna Esmeralda é um lugar surreal de lindo, da própria laguna aos caminhos que levam até ela. Tudo parece ter saído de uma obra de arte, pensada e pintada detalhadamente pela natureza. Lugares muito diferentes um do outro e que, justamente por isso, fazem dela tão envolvente e apaixonante.  Cascata Velo de la Novia Uma parada inesperada no retorno à cidade. Nosso taxista gosta muito do lugar e decidiu nos apresentar. Digamos que o caminho que escolhemos (mais curto) foi uma experiência inenarrável: dois senhores, um ajudando o outro com um cajado de madeira, pendurados em raizes de árvore à beira de um precipício. Mas deu tudo certo, o lugar é lindo e poder entrar atrás da queda d’água sem precisar se banhar na cachoeira foi muito gostoso. Lugares que queríamos muito ir, mas não foi possível por limitação de idade e tempo (valem um google): Ojo del Albino - (uma ideia de passeio: piratour.net/producto/tekking-glaciar-ojo-del-albino/) Cuevas de Jimbo - indicado guia, por ser um lugar de alto risco.  Restaurantes: Tia Elvira As melhores empanadas da viagem, fritas, assadas, de cordeiro, frutos do mar, legumes… acompanhadas de uma cervejinha local e em uma esquina delícia da cidade, frequentado por pessoas de lá e apaixonante. La Cantina de Freddy Dica do dono do nosso taxista, este foi o restaurante que escolhemos para provar a famosa Centolla. Um prato típico da região oferecido por muitos restaurantes. Nós fugimos dos mais turísticos (ouvimos muitas histórias de comer um prato e pagar por outro) e adoramos jeitinho “taberna” deles. A experiência foi incrível e a conta salgadinha (já sabíamos que seria assim). E tudo bem né, não voltaremos lá tão cedo e este era um desejo. Isabel Comida de Disco Nossa queridinho voltou. Na sede do Ushuaia foi a vez dos frutos do mar obviamente. O nosso disco preferido: massa com frutos do mar. Ficamos muito bem servidos com entrada mais um disco (e a garrafa de vinho de sempre).   
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Mudanças que transformam 
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Mudanças que transformam 
Descobrindo o Poder Transformador do Universo das Mudanças em Nossas Vidas | Por Maria Eduarda Magnus - 5 min de leitura Mudanças podem ser positivas ou negativas, o que não se pode negar é sobre o quão impreterível é a sua existência. Segundo uma das teorias da criação do mundo, teríamos surgido a partir de uma série de consequências que teve como evento inicial uma grande explosão: o big bang. Depois desse ‘’dia 1’’, sucedeu-se inúmeras adaptações e mutações para que chegássemos ao Homo Sapiens. Percebe como a mudança, apesar de imprescindível, atua como uma constante necessária para a evolução? A partir disso, temos a Teoria do Efeito Borboleta “uma alteração mínima nas condições iniciais pode ocasionar grandes diferenças na evolução de um sistema”.  Ou seja, um único ponto de inflexão (momento de grande decisão), gera uma cascata de consequências responsáveis por uma mudança importante na trajetória de cada um. Isso dá medo? Talvez um pouco, mas é essa imprevisibilidade que faz a vida ser tão vívida, não é mesmo? Minha vida, em particular, teve como um significativo ponto de inflexão o dia em que resolvi sair da casa de meus pais em 2020. Nasci e cresci no interior, no litoral, onde tinha uma vida pacata e contato com a natureza, porém, nunca me senti completa; faltava algo, eu precisava explorar mais do que o mundo tinha para me oferecer, conhecer outras pessoas... eu precisava de mudanças para me reencontrar. Assim, em 2020, me mudei para 400km de distância da minha cidade natal. Com apenas 15 anos, fui morar com minha irmã em uma cidade na qual eu só conhecia ela, eu nem sequer tinha ouvido falar do nome da cidade antes da mudança. Um livro em branco estava em minhas mãos, pronto para ser escrito. Comecei em uma escola nova, em uma realidade totalmente diferente da que eu vivia, e no início questionava-me todos os dias se era realmente isso que queria para minha vida. E foi a partir dali que eu, uma garota de 15 anos do interior do Rio Grande do Sul, comecei a passar por todo tipo de mudança que poderia existir. Reinventei-me várias vezes: entrei para o vôlei, percebi que não era o que eu queria e, mesmo com medo, decidi tentar outra coisa. Foi assim que encontrei o Jiu-Jítsu. No Jiu-Jítsu, aprendemos muito mais do que defesa pessoal; aprendemos uma filosofia de vida baseada em respeito, humildade, perseverança e auto-aperfeiçoamento. Esses valores moldam nossas atitudes e relacionamentos dentro e fora do tatame. O Jiu-Jítsu me ensinou que mudanças são essenciais e me trouxe conforto em meio ao caos. Desde então, as mudanças inevitáveis da vida passaram a causar menos medo, pois aprendi que devemos perseverar enquanto acreditamos em algo e não temer mudar quando aquilo não faz mais sentido. Desde então, muitas outras mudanças aconteceram e me sinto realizada vivendo a vida que tenho atualmente. Agora, será que eu estaria aqui se naquele momento do meu ponto de inflexão eu tivesse optado por seguir outro rumo? Se não tivesse me mudado em 2020? É aí que está a beleza da vida: a imprevisibilidade das coisas. Tudo que eu e você fizemos no nosso passado, todas as mudanças que cada um de nós vivenciou, nos moldaram na pessoa que somos hoje. Mudanças são inevitáveis, não devemos teme-las. Não somos seres que podem ser definidos, e assim como qualquer outra pessoa, essa é nossa primeira e única vida. Estamos em constante aprendizado de como vivê-la, então não tenha medo de errar. Tente! E se não der certo? Mude! Mas não desista de tentar encontrar o seu próprio caminho.  Seu livro está sendo escrito agora e só resta a você decidir o quer colocar nas próximas folhas em branco.
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Vivendo a Allcatrazes
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Vivendo a Allcatrazes
Mais que um trabalho | Por Gabriela Muller - 5 min de leitura Há um ano, eu estava em uma encruzilhada, buscando meu lugar no mundo e sem clareza sobre quais eram minhas verdadeiras qualidades e onde poderia prosperar. Foi quando me deparei com uma oportunidade de estágio em uma empresa que cultiva um ambiente diferente, algo que me chamou atenção. O nome da empresa, Allcatrazes, despertou meu interesse. Sua abordagem centrada no desenvolvimento pessoal, em vez de apenas cumprir metas, era evidente mesmo em suas redes sociais. Bastou uma breve passagem em suas postagens para me convencer de que era algo especial. Decidi me inscrever para o processo seletivo, e quando recebi a confirmação de que tinha conseguido a vaga, foi uma explosão de alegria. A possibilidade de fazer parte de um espaço de trabalho que incentiva minha evolução pessoal e profissional, e que me forneceria todas as ferramentas para alcançá-la, era incrivelmente estimulante. Parecia bom demais para ser verdade, mas é a realidade na Allcatrazes. Agora, depois de ter vivido e sentido na pele essa filosofia, posso afirmar que na Allca cada dia é uma aventura, uma jornada onde a conexão com o mundo ao nosso redor e a curiosidade incessante são os pilares que nos impulsionam. Não se trata apenas de uma experiência profissional, mas sim de uma comunidade unida por um propósito em comum: evoluir constantemente enquanto damos importância para cada instante e promovendo um espaço de apoio, desenvolvimento e aprendizado mútuo. Trabalhar nessa empresa sempre foi sentir que eu tinha uma voz. Mesmo sendo estagiária e trabalhando com pessoas mais experientes, sempre sentia que o dia a dia era de pessoas de igual para igual, com a mesma importância, com a mesma voz. O clima de trabalho era leve e prazeroso, contando até com viagens em grupo. Lembro-me particularmente de uma viagem para realizar um editorial na Serra Gaúcha. Foi uma experiência incrível onde a equipe inteira pôde trabalhar e relaxar juntos. Houve instantes de retiro e respiro no meio da natureza, combinando perfeitamente o trabalho com tranquilidade. Foi um equilíbrio perfeito entre atividade e lazer, representando muito bem o ambiente da Allca e sua filosofia. Além disso, fizemos várias outras saídas em equipe para manter a conexão, como velejos, cafés, entre outros. Todas essas experiências tornaram o dia a dia não apenas produtivo, mas extremamente gratificante e harmonioso, sempre mantendo a equipe em sintonia.   Em um mundo repleto de distrações, na Allcatrazes são valorizados os pequenos momentos de tranquilidade, as nuances da vida que nos desafiam e nos inspiram. É um clube de curiosos, ávidos por explorar novos horizontes, tanto na agitação urbana quanto na serenidade da natureza. Cada um de nós traz consigo uma história única, mas é a jornada compartilhada que nos define. Desde diferentes vivências até trajetórias diversas, nos unimos para poder crescer juntos, adaptando-nos aos desafios com coragem e resiliência. Na Allcatrazes, a vida é muito mais do que uma lista de tarefas a cumprir. É uma celebração diária, uma oportunidade para viver intensamente e compartilhar experiências com aqueles ao nosso redor. Em um mundo cada vez mais digital, destacamos o poder do contato humano, da conexão genuína que transcende as telas. Trabalhar nesta empresa não é apenas uma questão de cumprir horários ou bater metas. É fazer parte de uma família, de uma comunidade unida pelo desejo comum de alcançar o melhor de si mesmos. Sendo desafiados a evoluir, a aprender, e acima de tudo, a viver com paixão e autenticidade. Embora meu ciclo na Allcatrazes tenha chegado ao fim, a Allca continuará a fazer parte de mim. A experiência e os aprendizados que adquiri lá são inesquecíveis e aplicam-se a todos que têm a sorte de fazer parte desta família. Saí da Allcatrazes, mas a Allcatrazes nunca sairá de mim.
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Solidariedade em tempos de crise
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Solidariedade em tempos de crise
Renovando a Esperança: Exemplos de Solidariedade e Impacto Positivo em Tempos de Crise | Por Maria Eduarda Magnus - 3 min de leitura Nosso impacto na vida das pessoas pode ser difícil de compreender, mas está lá. É quase imperceptível aos nossos olhos, mas já parou para notar que você pode ser o motivo pelo qual algumas pessoas sorriem? Seja ao lembrar de um elogio que você fez a ela ou de algo engraçado que você disse. Às vezes, um conselho que você nem percebeu que deu fez toda a diferença na vida de alguém. O apoio e a solidariedade que você prestou fizeram alguém se sentir acolhido. Sua existência impacta a vida das pessoas, mas cabe a você definir como. Em meio à crise no Rio Grande do Sul, muitos enfrentaram a devastação total, perdendo tudo o que possuíam. Contudo, em meio a essa tragédia, emergiu uma onda de solidariedade que trouxe consigo uma luz de esperança e mudança. Um exemplo marcante dessa solidariedade é o envolvimento de surfistas, figuras públicas e cidadãos comuns que, com posse de lanchas, jetskis e barcos, que saíram de suas casa e puseram seus equipamentos a disposição, unindo esforços para resgatar pessoas e animais em áreas de difícil acesso. Esses relatos, aliados às inúmeras manifestações de apoio, seja por meio de doações financeiras ou serviços voluntários, destacam a resiliência e empatia humanas que florescem nos momentos mais desafiadores. Demonstram também o poder transformador que cada indivíduo possui ao estender a mão ao próximo em tempos de adversidade. É notável como tantos se mobilizaram, saindo de suas zonas de conforto para ajudar aqueles em necessidade. Mesmo as pessoas que não têm conexão direta com quem está passando por tais adversidades mostraram apoio, seja através de doações de roupas, fornecimento de refeições ou uma simples demonstração de afeto. É nessas situações que percebemos o impacto positivo que podemos ter na vida de outros, independentemente de nossa posição na sociedade. A verdadeira felicidade não reside em realizações profissionais ou status, mas sim na capacidade de oferecer esperança e fazer a diferença na vida de alguém, mesmo que seja com um simples gesto de compaixão. Que a inspiração desse movimento humanitário em meio à crise que estamos enfrentando nos motive a continuar buscando maneiras de ajudar e apoiar uns aos outros no futuro. Que possamos incorporar a solidariedade em nossas programações e projetos, garantindo que nosso impacto positivo na comunidade e no mundo perdure além das dificuldades atuais. Continue doando clicando aqui.
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Caminhada solo
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Caminhada solo
Por Catarina Glashester | 3 min de leitura Saí da aula de surf naquela manhã e tinha deixado meio combinado de encontrar um amigo na praia. Não somos muito bons de comunicação, só sabíamos que ele acabaria um treino de natação em Copacabana e que eu terminava a aula de surf quase no mesmo horário ali do lado, no Arpoador. Terminei a aula e peguei meu telefone pra tentar saber do itinerário dele, mas não consegui contato. Então decidi ir andando de uma praia até a outra para ver se o encontrava perto das barraquinhas daquelas equipes de natação e corrida.  Chegando lá, não lembrava qual a cor da barraquinha da assessoria dele, muito menos o nome. Dei uma olhada na minha mochila, vi que tinha esquecido o meu fone de ouvido em casa, que eram recém 9:30 da manhã e, pela primeira vez em muito tempo, percebi que eu não tinha absolutamente nada para fazer naquele momento. Ai, como a rotina nunca nos permite, comecei a caminhar sem rumo pela praia, solo, ouvindo os sons e observando as imagens que aquela manhã de sábado me proporcionara. Pode parecer completamente trivial, mas qual foi a última vez que, sem compromisso de horário ou de lugar para se estar, você caminhou sozinho, sem sequer ter objetivo de destino? Sentei ali mesmo sem canga nem toalha, me enchi de areia tal qual as crianças que faziam um castelinho na minha frente (coisa boa), tomei uma água de coco e, mesmo depois de uma hora surfando, fui tomada por uma vontade de entrar na água, mas dessa vez meu corpo pedia apenas para boiar.  Deixei a minha mochila com um casal que estava por ali com cadeiras e guarda sol e me fui, sem hora para voltar, pra dentro daquela água gelada, só deixando as ondas passarem por mim.  Perdi a noção do tempo. Depois descobri que meu amigo, ao não me achar, tinha ido pra casa. Quando finalmente conseguimos nos falar, ele me ligou pedindo desculpas e dizendo que tava voltando pra pegar uma praia comigo. A gente fica preso de tal maneira na correria do dia a dia que, mesmo quando poderia estar fazendo nada, raramente percebe isso. Disse a ele que não precisava se desculpar e o agradeci pelo nosso desencontro.
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O devaneio nos andes
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O devaneio nos andes
Por Greta Paz | 3 min de leitura O desconhecido sempre me fascinou. Eu gosto de pensar nas viagens que ainda não fiz, nos sabores que ainda não provei, nas zonas de desconforto que ainda não me coloquei. A viagem de uma semana para um trekking nos Andes é exatamente sobre isso - o querer o que eu nem sabia que desejava.  Muito jovem coloquei na minha cabeça que não gostava de acampar. Por conta do meu trabalho, também vivo o tempo todo conectada ao meu celular. Jamais imaginei ficar sem banho por cinco dias. Isso sem falar sobre a falta de um banheiro. Mas eu queria experimentar a sensação de total presença. Queria pensar no agora e em nada mais. Você já se colocou nesse lugar?  Cada tarefa cotidiana virou uma missão, exigindo pensar no agora. Para escovar os dentes, por exemplo, era preciso pegar água em alguma nascente de rio, colocar uma lanterna na cabeça, focar para não desperdiçar a água. Nada era feito no querido piloto automático. Essa sensação de presença somada às horas infinitas de caminhada trouxeram inúmeros aprendizados e vejo que ainda estou assimilando tudo o que essa experiência foi para mim. Nessa viagem, aprendi a escutar o silêncio que fala. Conheci melhor a dor e a delícia da minha própria companhia, apreciei os momentos de solidão e reflexão, e pude ouvir a minha própria voz interna. Ao fazer um trekking com várias adversidades, uma pergunta ia e voltava na minha cabeça: o que é essencial? No caminho, percebi que precisamos de bem menos do que imaginamos. A metáfora tinha total relação com a minha Allca, minha parceira de toda a viagem. Ela era essencial, mas muito do que tinha dentro dela, não. Se engana quem acha que viajar não é sobre colocar uma mochila nas costas e sair andando. Viajar é exatamente sobre isso: dar o primeiro passo em direção ao desconhecido. Num mundo em que nos colocamos mil barreiras para "as coisas que não sabemos" é lindo ver a entrega para o desconhecido. E agora? Bora colocar uma Allca nas costas para buscar o desconhecido? Espero que esse post tenha inspirado você. Como diz Zélia Duncan em uma de suas composições, que eu particularmente adoro: "benditas coisas que não sei". Confira mais abaixo os produtos que a Greta levou com ela!
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Sorte, azar e dúvida
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Sorte, azar e dúvida
Percebi que a dúvida é muito amiga do medo, da falta de confiança e da angústia. A dúvida é bem semelhante a uma prisão que eu mesmo muitas vezes construí para lá usufruir do meu medo, e principalmente da falta de confiança que eu tinha na minha capacidade de realizar o que o meu coração me mostrava. 
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É essencial ser pequeno várias vezes
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É essencial ser pequeno várias vezes
Por Isabella Demari   O eterno paradoxo entre: a expectativa de grandes vivências e a beleza das pequenas coisas     Existe um aspecto interessante a se observar no ser humano. Nós estamos sempre buscando grandes coisas, mas esquecemos que todas as grandes coisas são um conjunto de pequenas coisas. Quando visualizamos admiráveis realizações, normalmente esquecemos do que elas são compostas.   Em um mundo onde o sucesso é determinado pelo desfecho de algo, não damos o devido valor para a trajetória trilhada. Muitas vezes, o que mais absorvemos de uma experiência não é o que conquistamos, mas o que desenvolvemos através dela. E, é importante ressaltar que o segredo em sentir-se realizado não está distante, mas muitas vezes em detalhes que deixamos passar no dia a dia.     O que acontece quando estamos atentos e satisfeitos com a nossa rotina? Desfrutamos daquilo que escolhemos vivenciar todos os dias em prol do que gostaríamos de construir a longo prazo.   Não há necessidade do processo ser maçante, devemos sim sacrificar alguns hábitos, mas apenas o que nos distrai e que faz com que nós percamos o foco no objetivo. A famosa expressão “Enjoy the ride” (aproveite a jornada) é justamente sobre isso! Se aventurar em busca de um destino sem se concentrar apenas na linha de chegada. É durante a viagem, explorar novos horizontes, às vezes parar para contemplar, ajustar a rota e descobrir prazeres no percurso inteiro. A ideia é não ser tão rígido a ponto de não olhar para a beleza que existe no cotidiano, mas também não ser tão flexível a ponto de se deixar levar e abandonar as suas prioridades. Equilibrar-se para dar sentido à vida, e dar sentido ao que fazemos constantemente. Ao esperarmos por grandes momentos e realizações, criamos uma expectativa de alívio e mudança, e no momento que associamos grandes feitos a momentos específicos, jamais vamos conseguir colocar pequenas doses de grandes momentos no nosso cotidiano. Nós sabemos que a vida não espera. Trazer a beleza da vida para a rotina é essencial para desfrutarmos dela por inteiro, todos os dias.   Por onde começar?
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O que você faz com o seu medo?
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O que você faz com o seu medo?
Por Isabella Demari O medo é um estado emocional que surge em resposta da consciência perante uma situação de eventual perigo O medo, estará sempre presente em diversos momentos de nossas vidas. O real segredo é: O quanto deixamos o medo ocupar? Ele pode nos paralisar tanto quanto pode nos inspirar a nos desafiarmos. Existe aquele pequeno milésimo de segundo que nos questionamos: O que será que aconteceria se eu vencesse esse medo? E foi exatamente através desse pensamento que surgiu uma das melhores experiências da minha vida.   Para dar um pouco de contexto a história, eu sempre tive muito medo de tubarões. Assisti o famoso filme “Tubarão” quando tinha 6 anos e, desde então, comecei a pesquisar muito sobre para me safar de um possível ataque de tubarão. Ao longo do tempo fui ressignificando a minha perspectiva sobre eles,   acredito que quando trazemos o medo para algo real, é possível superar ele   o que também acabou me despertando um fascínio por esses animais. Com isso, tomei a iniciativa de fazer uma lista de todos os meus medos e coloquei em ordem qual eu teria mais facilidade de superar e foi literalmente assim, que...     O que me fazia não pensar nas piores coisas que poderiam acontecer era o meu entusiasmo em vencer meu medo. Era a consciência que eu tinha de que no momento que eu passasse por aquela experiência, algo dentro de mim seria desbloqueado. E o principal, que me fez ter segurança da minha escolha: meu coração dizia que era aquele caminho a seguir. Cheguei em Cape Town - África do Sul, peguei um transfer que se direcionava para a pequena cidade de Gansbaai, onde eu fiquei em uma casa com o resto dos voluntários. Desde o início, me senti muito bem recebida e acolhida, e durante a minha experiência de 3 semanas eram apenas mulheres se voluntariando. Nossa rotina normalmente era acordar às 5:30 da manhã, ajeitar os wetsuits e levá-los para o barco.   Depois tomávamos café da manhã e, dependendo do número de turistas que estariam a bordo, era determinado um número específico de voluntárias. Normalmente eram de 2-3 viagens por dia e nós intercalávamos. Na viagem, um biólogo marinho explicava tudo sobre os tubarões e cada passo que os membros da tripulação faziam. As voluntárias eram responsáveis por separar os wetsuits e a coletar dados dos tubarões (tamanho, gênero, se tinha alguma cicatriz e seu comportamento). Caso não tivesse viagens suficientes durante o dia, participávamos de outras atividades:     Nossa programação era corrida, mas valia a pena!   E sobre os tubarões?   Quando mergulhei na gaiola foi um mix de emoções, que no momento nem tem como descrever. A água era muito gelada, adrenalina rolando e, ao mesmo tempo, estava atenta ao que estava acontecendo fora da gaiola. Foi uma sensação indescritível e muito valiosa para o meu crescimento pessoal.   Como eu me sinto agora?   Pronta para a próxima! As minhas experiências de vida me movem e são minhas ferramentas de autoconhecimento. Superar esse medo tão profundo me deu coragem para enfrentar muitas coisas que eu julgava impossível. Eu procuro utilizar a vida para trazer analogias do meu inconsciente, então pra mim não foi só mergulhar com os tubarões, mas também mergulhar com meus medos, inseguranças, e com todas as emoções que a experiência me despertava. Nunca é sobre o externo, e olha que louco, né? Eu estava dentro de uma gaiola. Como vai ser quando eu juntar essas duas realidades? A meta agora é nadar sem a gaiola. Aguardem os próximos capítulos.    
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