Em Busca da Felicidade

Artigo publicado em: Feb 7, 2024 Tag do artigo: Rotina Atenta
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Uma Reflexão Sobre Prazer, Graça e Excelência | Por Gabriela Muller

Em um mundo acelerado, onde buscamos incessantemente a realização de metas e a conquista de objetivos, às vezes nos perdemos no que realmente é importante: que a verdadeira essência da felicidade reside na jornada, não no destino final. O ex-político e militar Eric Greitens tem um ponto de vista muito interessante sobre o assunto. Ele afirma existirem três tipos de felicidade: prazer, graça e excelência, e as compara com as cores primárias, que são fundamentais para criar um espectro vibrante.

Greitens, atuando como um filósofo e humanitário renomado, oferece essa comparação que serve como um convite intrigante para repensarmos nossas prioridades e nos aventurarmos nas diversas paletas da vida. Assim como remover uma das cores primárias tornaria muitas outras impossíveis (sem o amarelo, você não teria nenhuma tonalidade de verde), da mesma forma, sem qualquer uma dessas formas de felicidade, é quase impossível prosperar. Uma não pode substituir a outra. Todas são necessárias. Mas ainda tentamos.

A felicidade do prazer é em grande parte sensorial e nos transporta para os momentos de satisfação imediata. É uma boa refeição quando se está com fome, o cheiro do ar após a chuva ou acordar quente e aconchegante na cama. A felicidade da graça é a gratidão, se manifesta na apreciação do presente. É o reconhecimento do que temos, olhar para o lado e ver o seu amor dormindo ou sussurro sincero de um simples "obrigado". É quando se dirige a algo maior que você, expressando humildade e admiração.

E então há a felicidade da excelência, que vem da procura por algo grandioso. Não no momento em que se chega ao topo da montanha e se levantam os punhos em vitória, mas no processo de se apaixonar pela tragetória. É um trabalho significativo e o propósito que molda nossa identidade. Greitens nos alerta para a armadilha de buscar substitutos temporários, como o excesso, quando a busca pela grandeza é negligenciada. A disciplina, a resiliência e a superação do desconforto inicial se tornam elementos essenciais nessa caça pela alegria duradoura.

Beber em excesso, por exemplo, ou se entregar compulsivamente a compras desnecessárias, são formas de satisfação momentânea do prazer. Outros exemplos incluem constantemente ir atrás da validação externa nas redes sociais ou se dedicar exclusivamente ao entretenimento sem propósito. No entanto, esses prazeres superficiais são comuns quando a felicidade da excelência não está sendo buscada. Mas não é, e nunca será, a solução definitiva.

| Os prazeres momentâneos nunca serão capazes de proporcionar uma sensação de plenitude verdadeira e duradoura.

Ela consiste no trabalho do silêncio emocional. Requer consistência, intencionalidade e disciplina. Muitas vezes, é evitada devido ao desconforto imediato e à ausência de recompensa instantânea. Não há êxtase nos primeiros dias de treinamento para uma maratona, quando se sente o ardor nos pulmões e a vontade de vomitar. No entanto, com o tempo, as habilidades se desenvolvem e a visão do que pode ser alcançado se torna clara. Você acaba se apaixonando pelo processo.

| Aqueles que nunca experimentaram o poder e a satisfação de trabalhar constantemente em direção a um objetivo, sem depender apenas da paixão, mas sim da determinação e consistência, não compreendem que após o esforço árduo há uma recompensa profunda.

Muitos de nós negligenciam as alegrias e desafios do dia a dia por não construirmos uma base sólida. Queremos alcançar nossos sonhos, mas não estamos dispostos a dedicar horas diárias por anos a fio para alcançá-los. Queremos ser notáveis, mas não nos comprometemos com o esforço necessário para nos aprimorarmos ao longo do tempo.

O bem-estar não se limita apenas a experiências sensoriais, mas também é a tranquilidade de saber que estamos nos tornando quem desejamos ser. Procurar a eminência não apenas traz realização, mas também molda nossa identidade. É como adicionar cores vivas ao espectro da vida, tornando-a mais vibrante e significativa.

Em última análise, assim como a mistura equilibrada das cores primárias cria um espetáculo de nuances, a busca pela felicidade integral requer a harmonia entre o prazer sensorial, a gratidão consciente e a vontade incessante de evolução pessoal. Ao absorvermos as lições de Greitens, somos guiados para além da superficialidade das conquistas momentâneas, conduzidos a abraçar a jornada em sua totalidade. A alegria genuína, como uma paleta completa de cores, revela-se não apenas na surpresa dos sentidos, mas também na paz de espírito que emana do contínuo processo de nos tornarmos quem desejamos ser. Assim, instigados por essa filosofia, embarcamos juntos nesta trajetória fascinante à procura de uma vida verdadeiramente significativa.

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Comentários 1

que ótima reflexão. sobre encontrar a plenitude, sobre a satisfação do esforço e ainda a comparação com as cores primárias. adorei o texto! @allcatrazes se superando como nos surpreender.

magdalena

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